segunda-feira, 8 de maio de 2017

O amor que em mim habita já não cabe,
Por vezes adormece profundamente, fazendo-me crer que não existe mais.
Depois surpreende-me, desperta e revolta-se. Tira-me do sério com toda sua força.
Sei que já não tenho pressa.
Porém, estás gravado na memória da minha pele
Estás aqui dentro e não tenho mais forças para expulsá-lo.
Sei que já não tenho pressa
E deixo-te passear à vontade por minhas terras
Horas tão florida, horas terrivelmente devastada.
Aproveitas para semear as mais belas flores
E foge em seguida, 
Abandonando tudo aquilo que poderiam ser,
Deixando-me um jardim quase morto e terras cansadas.
Afasto-me. Silencio-me.
E nada disto basta.
Está tudo cinzento aqui.
Tanto tempo se passou e ainda tens cada centímetro de mim.
Embora não possa controlar minha mente e arrancá-lo dos meus sonhos,
Luto para livrar-me de tudo que me causas.
Sei que já não tenho pressa
E uma hora haverá chuva e mãos cuidadosas a fazer o que tem que ser feito.
Mas o apego não quer ir embora
Apesar de todo estrago
És quem ainda espero.
Já não tenho pressa
Só me resta, agora, repousar
Nos braços resignados do tempo.


domingo, 15 de maio de 2016

Fui sincera em todo o meu sentimento e sabes disto.
Deixei as coisas acontecerem, fui percebendo todos os vícios dessa relação, mas permaneci calada, justamente por te amar demais.
Nunca entenderei os motivos que o levaram a tamanha crueldade.
Sabias a dimensão do que senti e preferiu agir tal qual o mais boçal dos seres, em vez de falar a verdade.
Pior de tudo é que não consigo ter raiva. 
Embora eu lute incessantemente, essa saudade me machuca.
Seu cheiro e as lembranças me invadem.
O luto não é fácil.
A dor não é fácil.
A rejeição tbm não.
E eu tenho me virado para seguir vivendo com esse buraco que deixamos em mim. Com a certeza das mentiras que você plantou.
Você sempre me fez mal, mas era quem eu amava. Quem eu buscava e queria por perto.
Não está facil. Não será fácil.
Mesmo assim vou seguir.

sábado, 7 de novembro de 2015

Amo-te mais que a mim e não sei o que me enlouquece mais:
A saudade que de mim toma conta, a ausênca do seu peso sobre meu corpo, ou o seu toque que nao tive mais.
Ha uma semana estávamos agarrados enquanto dizia que o amo.
Gostava de te deixar cochilar no meu peito e acariciar seus cabelos, porque sabia que mais ou menos dias você me abandonaria. 
E eu beijava seu rosto, seus olhos, sentia o cheiro da sua pele e dos seus cabelos.
O problema em te amar mais que a mim mesma é que esse sentimento consome cada segundo do meu dia e me faz abrir mão de muitas coisas só para ter a sua companhia.
E, no fundo, o que me importa é te ter comigo, fazer amor com as mãos entrelaçadas e olhando nos olhos;
Andar de mãos dadas, contemplar seu sorriso mais que perfeito; segurar nas mãos tudo o que quero na vida.
Pensei que nunca mais amaria desta maneira e você fez despertar.
Só eu sei a dor que esta ruptura está me causando. Só eu sei como é amar uma pessoa que tem prazer em me torturar psicologicamente, que usa a minha história para prejudicar, denegrir, ofender.
Só eu sei o que estou sentindo agora por ver o homem que amo ser babaca comigo, me magoar e me dizer barbaridades simplesmente porque ele não consegue acreditar em nada.
Preciso desentoxicar. Me livrar desse amor doentio e recuperar algo de amor próprio que ainda existe em mim.. Por mais que doa e a minha vontade seja acabar nos seus braços por toda a minha vida.


domingo, 27 de setembro de 2015

Calma




Tento encontrar paz dentro de mim
E não consigo.
Pedes calma. Carinho. Paciência.
Exiges a demonstração do meu amor.
Esqueces que aqui bate um coração que te precisa,
Quer sua presença.
Esqueces que exijo mais do que estás habituado a dar,
Que te quero
E que estou mergulhada na saudade.
Almejando um olhar, o toque, o cheiro.
Com este buraco que deixou em meus dias
Não há calma nem paz que me baste.



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O Amor E Suas Variáveis

Amei e ainda amo mais que a mim, a ponto de querer exclusividade, carinho, atenção... E de querer todos os dias na mesma cama.
Quis tê-lo ao meu lado dia a dia, mês a mês. Construir o que quer que seja, a nossa história, a nossa vida.
E, neste caminho, cometi alguns exageros: Mendiguei sentimento, cobrei presença, carinho, atenção. Bebi e senti saudade logo após o primeiro gole. Chorei todas as vezes que me lembrava que ele não me pertencia, nem nunca poderia pertencer. Tive medo de perder. Tive medo do potencial ofensivo do futuro. 
Fiz o impossível de mim para viver cheia de ausência, me contentar com as migalhas de tempo que recebia.
Mas o que não aceitei foram migalhas de amor.
Amo perdidamente aquele homem que se deitava em meus braços, que se entregou e dizia que era todo meu. Pedia para fazer o que quisesse. 
E era isso. Eu amo essa entrega, amo o olhar no olho, as mãos entrelaçadas, o 'eu te amo' dito na hora H. Amo aquele perfume e dele sempre me lembrarei... Juntamente com aquelas músicas, lugares, planos, situações... Não há como esquecer. Só se me mudar de casa, de emprego, mudasse de hábitos.
Mas ele decidiu ir embora deixando boa esperança em meu coração. Se afastou aos poucos e passou a lançar migalhas daquele amor. 
E fui prudente. Busquei respostas àquilo que apertava o peito. Em troca, obtive silêncios e ofensas.
E fui vivendo como podia. Convivendo com a realidade doentia de vê-lo em outra cama, noutros braços. Morrendo por dentro cada vez que isso vinha à tona.
Fiz o que precisava para não imaginar essas coisas. Para desviar o pensamento, ser feliz alguns momentos.
Então o ciúme o cercou e cada vez mais cobrava o que não podia. E eu cedi o quanto pude.
Mas chega uma hora que até o mais flexível dos flexíveis se rompe. Não poderia deixá-lo agir assim... Fazer o que quisesse, insinuar a meu respeito, debochar e desvalorizar meu sentimento.
Logo eu, que empenhei todo o meu amor e fidelidade, toda a minha dedicação, carinho e cuidado. Que não menti e fui transparente.
E foi assim que decidi lutar por mim. Manter a razão. Ignorar o injusto e babaca que me disse aquelas coisas que magoaram tanto.
Onde já se viu fazer tantas cobranças sem poder fazê-las, obter as respostas e, mesmo assim, debochar de mim? Duvidar da verdade? 
Não posso permitir. Apesar de amar perdidamente este homem, gosto mais de mim. Muito mais! E é por isso que abri mão de tanto amor.


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Anestesia



Como
encontrar tranquilidade, se a indiferença é a coisa mais presente em seu dia?
Se aquele amor ainda existe em você e é perceptível que ele já não existe no coração do outro?
Se o outro age como se estivesse tudo bem, sabendo que não?
Quando surgem essas questões, não importa se você está ouvindo a mesma música a quarenta minutos;
Não importa se há um choro preso dentro de você a alguns dias;
Nem se não teve coragem de dizer tudo aquilo que precisava e de levar adiante a decisão.
Parece que, não importa o que faça, a gente é só um acessório na vida do outro. Que a gente perdeu a prioridade que (achava) tinha e até a paz.





Anestesia



Como
encontrar tranquilidade, se a indiferença é a coisa mais presente em seu dia?
Se aquele amor ainda existe em você e é perceptível que ele já não existe no coração do outro?
Se o outro age como se estivesse tudo bem, sabendo que não?
Quando surgem essas questões, não importa se você está ouvindo a mesma música a quarenta minutos;
Não importa se há um choro preso dentro de você a alguns dias;
Nem se não teve coragem de dizer tudo aquilo que precisava e de levar adiante a decisão.
Parece que, não importa o que faça, a gente é só um acessório na vida do outro. Que a gente perdeu a prioridade que (achava) tinha e até a paz.





terça-feira, 21 de outubro de 2014

Encontro



Já fazia tempo que admirava aquele rapaz e sonhava em ver de perto o seu sorriso mais que perfeito.
Para conhecê-lo, me tornei leitora assídua do site em que escrevia. E fui percebendo o quão sensível e íntegro é seu coração. Um homem doce, viril e de personalidade forte, daqueles que toda mulher gostaria de ter, pensei. 
Espantei-me por ter tanto ainda a descobrir sobre aquele moço, que jamais me olharia da mesma forma. Que nunca deu ouvidos à minha conversa.
Imaginei como seria seu beijo, seu toque. Quis render-me aos seus carinhos. Especulei sobre o tamanho do seu membro e quis, de fato, encontrá-lo. Mas não sabia como.
Naquela semana, de uma forma muito irritante, sua imagem fez morada em meu pensamento, e passei os dias em sua companhia. Criei um mundo incrível em que éramos felizes, próximos e íntimos.
Depois, criei coragem e conversei com aquele moço, mencionei um vídeo recém assistido. E assim surgiu o tão esperado convite. Porém, aquilo se deu rápido demais.
Eu queria que tudo fosse incrível, como realmente foi, mas também queria intimidade, proximidade. Queria uma forma de deixar aquilo MUITO melhor.
Ocorre que eu, naturalmente desastrada, devo ter metido os pés pelas mãos.
Agora, em meio ao invencível silêncio que se instaurou entre nós, me questiono por que aquele rapaz que tanto quero, e que esteve aqui no calor dos meus braços, não percebeu tudo aquilo que posso lhe oferecer.



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Há Tempos



Que o teu sorriso encheu meus olhos e, a partir daí, não pude desviar de ti.
E, a distância, vi escoar em teu corpo e em teus versos tudo aquilo que desejei.
Tamanha a força do querer, que em ti pude repousar,
Reencontrar o calor que já não havia em minh'alma.
Agora te quero pra mim.
Conhecer cada parte do teu ser,
Deixar-me entrar por teus caminhos,
Perder-me nestes lábios,
Acalmar-me em teu toque e
Entregar-me à tua língua.
Se quiser.



sábado, 27 de outubro de 2012

“Eu quero que dê certo, eu quero muito que dê certo, mas isso não depende só de mim. Eu preciso de você. A gente pode falhar no meio do caminho, e eu quero ter a certeza que somos fortes o suficiente pra ajudarmos um ao outro. Eu preciso do seu apoio, e acima de tudo, do seu ombro amigo. Quero a sua companhia mesmo quando eu preferir ficar sozinha, e preciso do seu “Vai ficar tudo bem” quando nada estiver bem. As suas risadas, os seus abraços, quero dividir isso contigo o tempo todo, e quando as lutas chegarem, seremos fortes para enfrentar. Que o nosso amor além de bonito, seja forte. Além de único, seja sincero, e além de perfeito, seja eterno.”

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Presente

A esta altura do campeonato eu já havia desistido de muitas coisas. Acreditei que não voltaria a sentir o que há muito havia sentido e que isso não me pertencia mais.
Mas aí, de um jeito diferente, você ressurgiu e fez com que abrisse mão do meu preconceito. Fez com que enxergasse além.
Então, ao seu lado, pude sentir que não havia me perdido; Que ainda sou capaz de me permitir certas coisas  e; Que aqui dentro ainda tem algo da pessoa que eu costumava ser.
Percebi que ainda sei sentir saudade, que ainda consigo sentir frio na barriga; Que ainda sou capaz de resolver todas as minhas coisas sem tirá-lo do pensamento.
Descobri, agora, que ainda posso me permitir perder um pouco da razão e não ser tão exigente comigo mesma.
É mesmo um presente de Deus poder estar nos seus braços e não conseguir pensar em mais nada além do calor do seu toque e do jeito com que você ri do meu jeito.
E quando estamos longe, tudo o que quero é poder estar perto. E quando estamos perto tudo que preciso é  da sua forma de sempre me acariciar.
Mais uma vez posso sentir o amor com a alma, como realmente deve ser, e ter a certeza simultânea de que não preciso ser consertada para me sentir viva de novo.
Esperei DEMAIS para ter isto novamente. É uma dádiva.

segunda-feira, 18 de junho de 2012



O toque carinhoso e viril seguido pelo olhar fulminante adentrou meu coração
E abalou aquilo que arduamente construí.
Embora não consiga,
De todas as formas me esquivo deste sentimento.
Pois me encontro amedrontada pelo teu sorriso
E pela forma que me olhas enquanto toca viril e carinhosamente a minha face.
Deixei-me apaixonar pela grandeza deste seu sorriso
E enquanto me enlouquece, arranco-lhe pedaços,
Adentro teu corpo em busca do teu cheiro,
E no encontro de nossas mãos está a intensa segurança almejada.
O ósculo inesquecível que acontece
E logo após percebo seu olhar confiante,
Alcançando a minha alma e
Chacoalhando minhas ideias,
Possibilitando aquilo que há muito não sentia.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pranto


Não sei a quê devo a sua visita e
Nem por onde começar.
Não deveria arrepender-me por não negligenciar meus sentidos e desejos,
Mas dói perceber que pode machucar outras pessoas.
Achei que não voltaria a ser tão impotente.
E juro que tendei deixar com que as coisas acontecessem naturalmente,
Mas nunca consigo por a vida em ordem para poder esperar as coisas.
Sempre me atrapalho e meto os pés pelas mãos,
Fazendo com que tudo aconteça do meu jeito.
Agora nada me resta a não ser pedir desculpas
Por pressioná-lo como quem não quer nada;
Por permitir que todas essas coisas acontecessem.
E devo mesmo estar equivocada por viver insistindo em coisas que sempre soube onde vai dar.
Essa teimosia um dia tem que acabar,
Para que eu possa ser, enfim, feliz sozinha...
Que é justamente o que deveria fazer para não magoar as pessoas.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


A sensação é de que não há tempo,
Causa ou circunstância encorajadores.
De bravura outrora vesti-me,
Porém não mais vislumbro motivos para tanto.
Posto que daqui de dentro é impossível contemplar
O tempo competente à tais conquistas,
O desejo tão almejado,
A calmaria alhures qualificada.
A aparência da divergência dos caminhos não é confortante
Quando a impressão é de que inobstante o ponto de vista,
O fim será o mesmo.
Daqui de dentro se observa também aquela incógnita que costumavas ser,
Com todos os inúmeros detalhes teus que costumava adentrar.
Vou pintando na tua pele, com os dedos, aqueles traços há muito decorados...
Verificando o que melhor combina com o teu jeito, teu gosto.
E descubro que nada do que vi fica bem contigo,
Pois a vida não é a mesma após o reencontro.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Penetra

As minhas palavras ficam sem graça
Ante ao seu triunfal silêncio esmagador.
Cada vez mais me convenço de que
Realmente quer manter entre nós este abismo.
E se não existe nós,
Não há extroversão, assunto ou idéia capaz de nos aproximar
Ou criar aquele vínculo essencial que gera importância.
Eu, que diversas vezes me incluí no seu mundo,
No seu espaço, na sua vida sem jamais ser convidada.
Silenciosamente, mas esperando permissão tácita.
Eu, que de ti fiz a força motriz de minha vida,
A razão principal para deixar de simplesmente existir
E dar sentido ao meu viver.
A esperança de ter a certeza da existência do 'nós'
Tornou-me impotente.
Morro aos poucos por me importar menos com isso com o passar dos dias
E por ceder ao seu silêncio triunfal todo o vazio de minha alma.
Ela não quer entender que para ti não passo de acaso e estatística,
Que o mérito nunca será apreciado.
Que certas coisas para ela não foram feitas...
Nem para fazer mero jogo de palavras.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ausência

Às vezes, andando na rua, encontro em mim um vazio imenso a ser preenchido.
Um vazio de mim mesma, no qual já não me suporto.
O ego tornou-se insuportavelmente sozinho, desconexo e sem sentido.
O que vislumbro, daqui em diante, é a ausência do desconhecido.
A insuportável falta de compromisso,
A inatividade deste coração que nada faz além de bater,
Como se bombear sangue fosse realmente o essencial.
Ledo engano. Imprescindível é tudo aquilo que fica.
É a história que se escreve ao longo do tempo e que será docemente relembrada.
Causará o mais singelo sorriso e encherá os olhos d'água.
É o texto produzido mil vezes encaminhado
E a sensação de dever cumprido.
O amor que fica é o que garante a vida e denota que a mesma não foi em vão.
O resto é mera e insignificante sobrevivência.