E quando é que deixarei de dar razão aos sentimentos que de mim palpitam tão repentinamente?
Porque sei que meus hiatos são momentâneos, e, embora não pareça, não preciso ter motivos.
Estranho quando percebo que poderia ter feito melhores escolhas, mas creio que não fui tão mal assim.
Confundo-me por não ter motivos para queixas, por não saber como preencher o vazio que de mim emana docemente e bate à sua porta.
Não me deixas entrar, mas também não me manda embora. Me bombardeia com perguntas, indiferença.
Finjo que não me machuca e tá tudo certo. Me acostumei a não ser mais vigiada pela ternura alheia. Aprendi a traçar sozinha o meu caminho sem reclamar demais das ausências.
Entretanto, é tão difícil colar os cacos de um vidro fino sem ajuda. Tão difícil aceitar que a solidão não está na ausência física, mas na inércia alojada dentro da gente.
E dói perder para mim mesma: meu pior inimigo.
2 comentários:
Pelo menos fiquei feliz em saber que você já começou a perceber algumas coisas... (rsrs). E o interessante é que você tem uma personalidade marcante dentro do conhecimento que tem sobre si...
É como se desejasse mesmo chegar num ponto ideal de poder ser quem você é vagando em pensamentos...
Deve ser mesmo muito dolorido para ti todo esse processo. Me fizeste até lembrar de uma antiga série passada na televisão em tempos passados chamada: "Perdidos no Espaço."
Tratava-se de uma familia inteira voltada a exploração cósmica que parte da terra dentro de um disco voador rumo a um certo planeta... Estavam todos congelados uma vez que a viagem seria muito longa... Entretando havia um cientista que entrou na nave antes da partida intencionado a sabotar aquela missão... E no fim ele acabou ficando dentro da nave "descongelado" e a nave partiu...
Resumindo: A série mostrava tantos desafios, tantas adversidades, tantas dificuldades, apenas para voltar de volta à terra...
Aquilo me doía tanto no coração.
É O que me Dói em Você... (rsrs)
ps. As vezes é ruim ser criança.
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